quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Módulo de Novembro - Turma VI

  Em novembro, teremos muitas atividades práticas e precisaremos para isso a disponibilização de vestimenta e instrumentais para tal.
  Para o Hands On de cirurgia da Straumann e Neodent iremos precisar de pelo menos 5 a 6 motores para trabalhar. Quem quiser trazer seu motor para fazer a programação das velocidades está ótimo. Todos podem trazer. Brocas, implantes, instrumentais, etc...serão fornecidos pelo curso.
  Para o Hans On de sutura, todos devem trazer um Trio, uma pinça reta de cirurgia, porta agulhas, uma esponja ou pedaço grande de espuma de boa densidade e fios de sutura. Os fios podem ser os mais baratos que vcs encontrarem, mas tem que ser com agulha montada e preferencialmente de nylon.
  Para a clínica de triagem, tragam pelo menos 3 Trios estéreis e a vestimenta deve ser roupa branca e avental. Serão programados 20 pacientes para esta primeira clínica para que possamos ter um primeiro contato com a clínica da escola.
  Achei o módulo de outubro bastante produtivo, inclusive com a descoberta da dupla de músicos de alta qualidade, que certamente animarão muitos churrascos daqui por diante.
  Abraços à todos!!!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Turma VI - Outubro

Um módulo completo só com Implanto...finalmente!
Agora o bicho pega mesmo. Nossa programação inicia na quarta às 14:30hs e vamos até sexta à noite.
Só teórica...só alegria...
Abraços a todos e boa viagem!


Este módulo será só de Implanto. Daqui até o final do curso, somente teremos aulas de metodologia, fora das normais do curso.
Em novembro está programado a primeira clínica de Triagem, portanto, precisamos dos aventais e também conferir os instrumentais solicitados para vcs.
Em dezembro programamos 4 clínicas de Triagem. Quem tiver sorte pode estar fazendo já os primeiros casos em dezembro, mas o mais provável é que janeiro seja nosso batismo.
Pelo que entendi, na quarta vamos programar um churrasco na Lauren. Precisamos confirmar quem vai, que na tarde eu compro o que precisar.
Boa viagem para todos que vem de fora!
Quarta – 24/10
14:30 – Anestesiologia (Eduardo)
17:30 – Manejo de condutas e Programas nas clínicas da Uningá (Rosane e Dr. Binotto)
Quinta – 25/10
9:00 – Conexões protéticas (Marchioni)
14:00 – Emergências em Implanto (Camilo)
18:00 – Seminários e Fichas clínicas (Eduardo)
Sexta – 26/10
8:30 – Biologia Óssea (Camilo)
14:00 – Prótese Total (Juliano)
17:00 – Prótese Total (Juliano)

Turma V - Outubro

Pela agenda que me passaram, me parece que temos muito mais prótese do que cirurgias para este módulo. Solicitei a marcação de 15 pacientes para Triagem, quem quiser mais, me avise por mail.
Desejo uma ótima semana e uma boa viagem para quem vem de fora.
Abs,

Segunda 22/10
Tarde - Momento da Instalação do Implante - Leandro
Noite - Triagem

Terça 23/10
Manhã, Tarde e Noite - Clínicas

Quarta 24/10
Manhã e Tarde - Clínicas
Noite - Clínica para quem precisa e Monografias para os demais


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Módulo Turma VI

  Como vcs observaram, o módulo de setembro será longo. O Alan me passou somente esta semana que existia a programação das aulas de Odontologia Hospitalar e Histologia.
  A professora Karen Weigert é professora da PUC e é excelente!! Me disseram que está havendo muita ausência nas aulas conexas e isso não é legal.
  Em uma turma de especialização o grupo é pequeno e para o professor é desestimulante quando faltam os alunos. A Karen é uma professora experiente e muito inteligente. As aulas dela são muito interessantes e gostaria que vcs participassem até o final do módulo.
  Está programado para quarta sair um churrasquinho na casa de um aluno da Turma V. Confirmo o local na quarta à tarde com vcs.
  Estou pensando em algumas formatações diferentes nos módulos e vou também conversar oportunamente com a turma.
  Uma boa viagem a todos e olhem seus mails com a programação deste mês. Abraços.

Módulo Turma V

  As clínicas de quinta não serão feitas neste módulo porquê não existe agenda. Como vcs não marcaram pacientes, não vamos fazer módulo mais longo. Tenho algumas idéias de formatação dos módulos que vou conversar com a turma em Santa Maria.
  Na quarta, o Leonardo se ofereceu para assar um churrasco para as duas turmas. Quem puder ficar seria legal, pois é um momento de integração dos dois grupos.
  Desejo uma ótima viagem para todos e nos vemos na segunda.
  A programação do módulo está postada no mail de cada um. Grande abraço.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Prescrições em Odontologia


O artigo não é atual, mas revela uma faceta da nossa profissão.
Vamos discutir isso nas aulas de Farmaco.


INTRODUÇÃO

O medicamento, desde a sua fabricação até o seu consumo, vem sendo objeto de preocupação e de inúmeras pesquisas realizadas mundialmente. A maior parte desses estudos relaciona-se à prática médica, enfatizando questões sobre reações adversas, aumento e disseminação de resistência bacteriana a antibióticos, padrão de prescrição de medicamentos e influência da propaganda de medicamentos na prescrição.

Em odontologia, pouco tem sido analisado sobre a inserção do medicamento na prática clínica. Um dos motivos desta pequena produção científica talvez seja devido ao consenso geral de que o dentista prescreve pouco e o seu arsenal de drogas é restrito. No caso de medicamentos para uso sistêmico incluem-se, principalmente, os antimicrobianos e analgésicos/antiinflamatórios não-esteróides.

O volume de medicamentos e de recursos movimentado por prescrições odontológicas, em verdade, não é tão pequeno assim. Na Inglaterra, os gastos com prescrições odontológicas reembolsados pelo National Health Service evoluíram de 0,05 libras, em 1952, para 5,25 libras, em 1995 . A variedade de classes terapêuticas e especialidades farmacêuticas como condutas de prescrição para uma mesma patologia é um fato observável em odontologia e confirma que o arsenal antimicrobiano, analgésico e antiinflamatório pode ser menor do que aquele utilizado pelos médicos, mas possui uma diversidade considerável.

Em seu estudo sobre a indicação de antiinflamatórios e antibióticos nas afecções da polpa e periápice, Castilho (1992) mostra a utilização de classes farmacológicas distintas para uma mesma patologia (associadas ou em separado) e que tais condutas, apesar de conflitantes, apresentam embasamento na literatura.

O cirurgião-dentista possui o dever legal de conhecer os aspectos farmacológicos dos medicamentos que prescreve, devendo também analisar criticamente a bibliografia oferecida pelos laboratórios farmacêuticos, bem como os resultados apresentados pelo uso do medicamento. Outro dever do cirurgião-dentista é a elaboração das fichas clínicas e sua conservação em arquivo.

Murrah et al. (1987) ressaltam que a falta de documentação adequada é a principal razão por que muitos dentistas são levados aos tribunais nos Estados Unidos. Os advogados desse país consideram que os dentistas são os piores documentadores da história das profissões.

A definição de prescrição de medicamento, de acordo com Wannmacher e Ferreira  (1995) “ é uma ordem escrita dirigida ao farmacêutico, definindo como o fármaco deve ser fornecido ao paciente, e a deve ser utilizado” e deve se apresentar por escrito, pois responsabiliza tanto quem prescreve quanto quem dispensa.

Através do Decreto Presidencial n. 793, de 5 de abril de 1993, o uso do nome genérico no receituário médico e odontológico tornou-se obrigatório e, seis meses após a sua promulgação, deveria se tornar obrigatório o destaque deste nas embalagens.

O uso do nome genérico é fundamental para implantar uma competição entre os oligopólios do setor farmacêutico, um mercado mais equilibrado e um uso mais racional dos medicamentos. Esta prática facilita a captação de informações a respeito dos fármacos na literatura internacional, pois sua nomenclatura não se modifica de acordo com interesses econômicos, como pode acontecer com os nomes comerciais e, finalmente, permite ao paciente a compra de um medicamento de menor custo.

Se, por um lado, anamnese bem feita leva a um diagnóstico exato de uma determinada patologia, por outro, tal dado não terá significância alguma sobre a prescrição se o profissional não estiver bem informado sobre farmacologia.

Tanto em odontologia, quanto em medicina, os profissionais estão voltados, principalmente, para as informações sobre farmacologia e terapêutica oferecidas pelas escolas, seja durante a sua formação acadêmica, seja através de cursos de extensão já como profissionais. As escolas de medicina, ao não darem ênfase científica adequada à terapêutica, estimulam o empirismo em que se baseia a terapêutica medicamentosa entre os recém-formados. A situação se repete nos cursos de odontologia.

MÉTODOS

A população de referência foi formada por cirurgiões-dentistas, clínicos gerais, do Município de Belo Horizonte-MG, que exerciam sua atividade profissional no consultório particular, ainda que pudessem também fazê-lo com outros vínculos, inclusive no setor público. Esta população foi escolhida por não estar submetida a formas de controle da prescrição de medicamentos, constituindo-se em excelente fonte de dados sobre prescrição medicamentosa. No serviço público, ao contrário, a lista de medicamentos adquiridos pela instituição é restrita e, como conseqüência, há um certo nível de controle prescricional dos profissionais de saúde.

O instrumento de coleta de dados constituiu-se de um questionário aplicado a 205 cirurgiões-dentistas, clínicos gerais, sorteados aleatoriamente a partir da listagem telefônica de endereços da Região Metropolitana de Belo Horizonte de 1996 (páginas amarelas)*.

De março a julho de 1996 foi realizada a coleta de dados, que constava basicamente de: contato por telefone com o cirurgião-dentista sorteado para a amostra, identificação do pesquisador, explanação dos objetivos da pesquisa, salientando-se a não identificação e solicitação de consentimento para a entrega do questionário. Em caso afirmativo, o questionário era entregue no consultório do profissional e uma data para possível devolução era estipulada. A entrega e o recolhimento dos questionários foram realizados por um dos autores e por uma auxiliar, especialmente treinada para a tarefa.

O questionário era composto por 23 questões, sendo analisadas as relacionadas: à descrição da amostra, aos registros habituais realizados no consultório (fichas clínicas, prescrição em receituário); à prevalência de medicamentos citados como mais prescritos em um período de 15 dias anteriores à aplicação do questionário; ao uso do nome genérico nas prescrições, à auto-avaliação sobre o nível de conhecimento, realização de cursos de reciclagem em farmacologia e importância dada à farmacologia na prática profissional.

A taxa de devolução dos questionários foi de 88,3% (181 questionários). Destes, 163 (79,5%) foram considerados suficientemente preenchidos, constituindo-se na amostra estudada.

Os resultados foram apurados e quantificados em percentagens. Foram submetidas ao teste do qui-quadrado as variáveis cursos de reciclagem em farmacologia, auto-avaliação sobre o nível de conhecimento em farmacologia, importância dada à disciplina para o exercício profissional e utilização do nome genérico nas prescrições para verificação de possíveis associações. Foram consideradas associações estatisticamente significantes aquelas que apresentaram valores de p (probabilidade de significância) iguais ou menores do que 5% (0,05), em distribuição bicaudal.

RESULTADOS

Dos 163 cirurgiões-dentistas pesquisados, 54,6% eram do sexo masculino e 45,4% do sexo feminino. A maioria (75%) formou-se em escolas da capital do Estado e 45,6% durante a década de 80. No que diz respeito ao número de pacientes atendidos por semana, 43,3% receberam 16 a 30 pacientes. Do total da amostra 141 profissionais (86,5%) relatam preencher ficha clínica para todos os pacientes, 57,0% afirmam registrar em ficha clínica todas as prescrições realizadas, enquanto que 73,0% responderam que todas as prescrições são realizadas por escrito. Considerando as duas semanas anteriores à data do preenchimento do questionário, observou-se que 82,8% prescreveram algum tipo de medicamento para os seus pacientes.

Na Tabela 1, pode-se observar as classes terapêuticas mais prescritas no período, sendo as marcas mais indicadas: a amoxicilina, fenoximetilpenicilina, diclofenaco de sódio e de potássio e dipirona sódica.

Apesar de 56,4% dos cirurgões-dentistas relatarem prescrever utilizando o nome genérico do medicamento, quando indagados sobre quais foram prescritos nas duas semanas anteriores à aplicação do questionário, citaram com maior freqüência o nome comercial.

Aproximadamente 30% da amostra não considera a farmacologia muito importante na sua vida profissional e 44,8% dos pesquisados consideram insuficientes os seus conhecimentos nesta área (Tabela 2).

Cerca da metade da amostra realizou algum tipo de curso de reciclagem em farmacologia após a graduação (Tabela 3). Embora tenha sido encontrada uma associação estatisticamente significante entre a realização de cursos de reciclagem e importância dada à farmacologia na vida profissional (p = 0,001), tais cursos parecem não alterar a auto-avaliação sobre o nível de conhecimento em farmacologia e o uso do nome genérico, tal como expressado pelos cirurgiões-dentistas.
 
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Módulo de agosto - Turma VI

Caros amigos da Turma VI, este será um módulo onde iniciaremos as disciplinas próprias da Implanto. Faremos, conforme combinado, um módulo um pouco mais longo para que possamos aproveitar bem o tempo com vcs.
Na quarta à noite, a partir das 17:30hs vamos começar a trabalhar este mês, concluindo no sábado à tarde.
Segue a programação:

Quarta - 29/08
Noite - Anatomia Aplicada I ( Eduardo)

Quinta - 30/08
Manhã - Instrumentais e burocracias
* Neste encontro mais informal vamos discutir todo o leque de instrumentais que iremos utilizar no curso, tomar o primeiro contato com as fichas clínicas, definir cores de aventais e pijamas cirúrgicos, explicar um pouco o funcionamento das clínicas e discutir assuntos diversos que forem surgindo.

Tarde e noite - Oclusão

Sexta - 31/08
Manhã e Tarde - Materiais dentários
Noite - Laser

Sábado
Manhã e Tarde - Perio (à confirmar)

Uma boa viagem para todos!!

Módulo de agosto - Turma V

A partir de setembro vamos mudar um pouco o formato do módulo por livre e espontânea pressão, porém neste mês continuamos na mesma batida de sempre.
Desejo uma ótima viagem para todos meus amigos.

Segunda - 27/08
Tarde - Enxertos Ósseos (Alexandre)
Noite - Triagem

Terça - 28/08
Manhã e Tarde - Clínica de Cirurgia/Prótese
Noite - Clínica de Prótese

Quarta - 29/08

Manhã e Tarde - Clínica de Cirurgia/Prótese
Noite - Monografias (junto com seus orientadores)

Grande abraço!!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Enxerto em Bloco

  Caso clínico do Dr.Marcos André de São Paulo, sobre uma reconstrução de maxila atrófica com blocos retirados da calota craniana. Gostaria da opinião de vcs sobre a postagem. Abraços a todos.


A necessidade de correção de pequenos ou grandes defeitos da região craniomaxilofacial e, em especial, na implantodontia com o uso de enxertos ósseos, é uma prática corriqueira. O que se discuti hoje são os parâmetros para indicações, melhor área doadora e técnicas cirúrgicas para remoção do enxerto. A escolha da calota craniana tem sido indicada, em muitos casos, nas especialidades de Buco Maxilo Facial, Plástica e Neurocirurgia, e atualmente na Implantodontia. Evidenciou-se a possibilidade do uso do enxerto de origem craniana em toda a região craniomaxilofacial para a correção de defeitos das mais diferentes naturezas.

           Os enxertos de calota craniana têm sido por nós utilizados há mais de dez anos com resultados clínicos extremamente satisfatórios. Na avaliação pré-operatória, exames de imagens como telerradiografia de perfil e tomografia devem ser solicitadas para verificar a espessura e possíveis variações anatômicas ou anormalidades que podem contra indicar a remoção do enxerto. O osso eleito como área doadora é o parietal, de preferência o direito, devendo-se evitar durante a remoção do enxerto áreas de possíveis entradas intracranianas como as suturas, seio sagital e linha temporal inferiormente. A forma de remoção do enxerto mais frequente é a separação in situ e remoção apenas da cortical externa, podendo a osteotomia ser realizada com brocas ou serras oscilatórias, sempre com auxílio de cinzéis e martelos. Nos últimos anos o uso do Piezo tem otimizado e aumentado ainda mais a segurança deste procedimento. A tricotomia do couro cabeludo não é fundamental, devendo o cabelo ser apenas preso e afastado. A hemostasia é realizada com afastadores auto-estatico, pinças e cera para osso e, quando realizada satisfatoriamente, dispensa o uso de drenos aspirativos.

            A reabilitação estética e funcional de pacientes parcialmente ou totalmente desdentados através da colocação de implantes dentários se estabeleceu como uma modalidade de tratamento efetiva, com resultados confiáveis e alto índice de previsibilidade. No entanto, condições desfavoráveis do rebordo alveolar devido à reabsorção óssea, traumas ou qualquer sequela que possa resultar em volume de osso insuficiente, pode tornar difícil e, algumas vezes, impossível a instalação dos implantes. Nos pacientes edêntulos totais de maxila, essas condições são ainda agravadas por razões como hiper-aeração dos seios maxilares e reabsorção óssea anterior que aproxima a crista óssea alveolar das fossas nasais. Assim, o grande desafio da implantodontia atual está intimamente atrelado às reabilitações das maxilas severamente reabsorvidas. Essa condição clínica é conhecida na literatura odontológica como maxila atrófica, entretanto será utilizada a expressão “maxila severamente reabsorvida”, pois traduz etimologicamente o que realmente ocorre com o osso maxilar.
              Para correção de grandes defeitos, como uma maxila severamente reabsorvida, é necessária uma grande quantidade de osso. Os sítios doadores extra-orais mais utilizados são  tíbia, crista ilíaca e calota craniana .
O uso do osso parietal como sítio doador foi descrito pela primeira vez em 1890. Em 1929, Dandy fez um enxerto de calota craniana e, em 1982, Tessier normatizou o seu uso. O enxerto de calota é comumente utilizado para reconstrução de grandes defeitos da face e muitas evidências científicas indicam a excelência da calota craniana como um sítio doador de osso autógeno para a área craniofacial. Na Implantodontia, desde 1990, vários autores utilizaram o parietal como sítio doador, contudo, nenhum apresentou definições claras sobre a técnica cirúrgica.
Para o planejamento da reconstrução da maxila com a finalidade de reabilitação com implantes osteointegrados, é fundamental ter como base o conhecimento profundo da anatomia das regiões abordadas, assim como da localização das estruturas importantes a serem preservadas. É importante, também, o conhecimento sobre a histologia e fisiologia do tecido ósseo, sua qualidade, bem como a anatomia imaginológica que auxiliará na determinação do melhor posicionamento para os implantes.
              A grande vantagem do enxerto de calota craniana na reconstrução da maxila extremamente reabsorvida é o baixo grau de reabsorção. Muitos autores salientam a mínima e lenta reabsorção e uma grande presença de proteínas morfogenéticas (BMPs) como vantagens que possuem os sítios doadores de ossificação intramembranosa, como o osso da calota em relação àqueles de origem endocondral.
Os enxertos ósseos são considerados uma excelente opção para a reconstrução de maxilas severamente reabsorvidas que serão posteriormente reabilitados com implantes osseointegrados.  O enxerto ideal é aquele obtido de osso autógeno, pois propicia uma neoformação óssea melhor em quantidade e qualidade e apresenta biocompatibilidade.
De acordo com a literatura, é possível concluir que as melhores áreas doadoras extra-bucais são a crista ilíaca e calota craniana. Entretanto, a tíbia, a fíbula e, em menor proporção, a costela também aparecem como áreas alternativas para a obtenção de extensos enxertos ósseos.



                                                          Tomografia pré operatória



                                                 Infiltação com soro e anestésico local



                                                    Delimitação osteotomia com piezo


Retirado dos blocos ossos



Aspecto final da área doadora
                                              Sutura final da área doadora
  


Bio-Oss® associado a osso medular

                                                               Incisão na maxila

  Descolamento do retalho. Observar presença de torus
Remoção torus com piezo

  
Delimitação da janela seio maxilar

 
 Acesso ao seio com piezo

Uso de curetas para levantamento do seio maxilar



Levantamento membrana seio maxilar



Preenchimento do seio com Bio Oss com osso medular

 
Decortificação do enxerto


                                                      Preseção do gaps osseos

 

Preechimento dos gaps com Bio Oss

Preenchimento do ducto nasapalatino com Bio Oss


Colocação da membrana de colágeno

                                              Sutura final da  maxila

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Módulo de julho Turma V

  Teremos algumas novidades no módulo deste mês. Com muito orgulho comunico que o professor Alexandre Gerzson foi aprovado em concurso para professor de cirurgia da ULBRA. Por conta deste agraciamento, seus horários ficarão mais apertados para participar de Santa Maria e a cada semestre vamos montar um cronograma de aulas que possa ajudar aos alunos e professores do curso da melhor forma.          
  Neste próximo módulo teríamos a visita do professor Leandro Nunes, especialista e mestre em cirurgia e doutorando na PUC na mesma área, para cobrir os horários, mas ainda não será possível por questões de agenda. A partir do próximo módulo será uma presença constante conosco.
  Para substituir um grande amigo e profissional tão competente, realmente é preciso muita dedicação, competência e vontade de trabalhar.
  Muitas coisas boas aconteceram aos professores do curso nestes 3 anos, o que prova que o trabalho que estamos desenvolvendo é de boa qualidade.
  Agradeço novamente a confiança do grupo de alunos e estaremos sempre abertos para discutir o que se faz de melhor ao grupo todo.
  O módulo de julho segue a programação padrão a seguir:
 - Segunda, dia 30
 Tarde - Biomecânica I (Juliano)
 Noite - Clínica de Prótese e Triagem (somente 12 pacientes)

 - Terça, dia 31
 Manhã - Clínica de Cirurgia
 Tarde - Clínica de Cirurgia
 Noite - Clínica de Prótese

 - Quarta, dia 01/08
 Manhã - Clínica de Cirurgia
 Tarde - Clínica de Cirurgia/Prótese
 Noite - Prótese sobre implantes (Marchioni)

  Boa viagem a todos.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Turma VI - módulo de julho

  Conforme combinamos em nosso último encontro, este módulo será exclusivamente de conexas por causa de um desencontro de datas entre a Turma V e a turma de vcs. Em agosto teremos módulo longo, iniciando na quarta à noite e concluindo no sábado à tarde, com aulas específicas da implanto na quarta à noite e na quinta pela manhã.
  Vamos à programação de julho:

Quinta 26/07
-manhã - Livre
-tarde - Radiologia
-noite - Anatomia Geral

Sexta 27/07
-manhã - Bioética
-tarde - Psicologia
-noite - Anatomia

Sábado 28/07
-manhã - Patologia
-tarde - Patologia

Um bom módulo para todos!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mucograft


A matriz conjuntiva suína (MCS) Mucograft é um produto recentemente lançado no Brasil,
mas já disponível a alguns anos em outros países. Seu uso é indicado como um substituto para enxertos de tecido conjuntivo, podendo ser utilizado para aumento de tecido mole ao redor de dentes e implantes, em regeneração óssea guiada, reconstrução de rebordo alveolar, fechamento de alvéolos, para cobrir tecido ósseo exposto e para recobrimento radicular(1).
O colágeno suíno obtido naturalmente é purificado para evitar possíveis reações alergênicas. No entanto as moléculas de colágeno já se apresentam unidas formando estruturas tridimensionais, sem a necessidade de processo químico para produzir este estado. Isto permite que a MCS apresente maior estabilidade e a sua degradação que ocorre ao longo da cicatrização, não gera prejuízo aos tecidos gengivais já que não libera substâncias tóxicas. Este produto possui dupla camada com espessura total de aproximadamente 5 mm, sendo uma camada mais compacta, que tem efeito oclusivo, permitindo a aderência do tecido mole sobre a mesma, também apresenta consistência elástica que facilita a sua sutura ao leito receptor. A segunda camada é mais espessa e porosa, fica voltada para o leito receptor, adsorvendo o sangue, facilitando a deposição do coágulo e a formação de novos vasos sanguíneos e integração com os tecidos do hospedeiro(1).
Consulte os próximos cursos no site da Geistlich

Encaixe Cone Morse

Trabalho divulgado no site Perio Online, mas sem a indicação de onde foi publicado. Vou atrás e completo a postagem, mas vale a pena a leitura.
Abraços a todos e boa semana.


AVALIAÇÃO IN VITRO DA CONTAMINAÇÃO BACTERIANA E ANÁLISE MICROSCÓPICA DA INTERFACE DE PILARES PROTÉTICOS DE CORPO SÓLIDO E DE PARAFUSO PASSANTE EM CINCO SISTEMAS DE IMPLANTES CONE MORSE

Autores: Camila Brandão Lobo, Nassim David Harari.



Avaliação In Vitro da contaminação bacteriana e análise microscópica da interface de pilares protéticos de corpo sólido e de parafuso passante em cinco sistemas de implantes cone Morse.
Objetivo: O objetivo do trabalho foi analisar a infiltração bacteriana e a adaptação entre o conjunto pilar protético (sólido e de parafuso passante) e implantes com conexão tipo cone Morse (CM).
Materiais e Métodos: Foram analisados nove conjuntos de cinco sistemas de implantes Ankylos®;  Neodent®; Titanium Fix®; Intra-lock® e o Kopp®. Os  implantes foram inoculados com 0,1µl de  suspensão de Escherichia coli, com auxílio de micropipeta PIPETMAN® estabilizada com um  suporte especialmente desenvolvido para o estudo.




        Figura 1.  Suporte de estabilização da micropipeta              Figura 2- Inoculação bacteriana

Em seguida, os pilares protéticos foram cuidadosamente instalados e aplicado o torque recomendado por cada fabricante .
Os tubos contendo as amostras, os swabs e o teste controle positivo foram incubados a 37°C por 14 dias.


Figura 3. (a) Corpo-de-prova contaminado. (b) Corpo-de-prova sem contaminação após 14 dias




Após esta etapa, os conjuntos implante-pilar foram  embutidos em resina epóxi e submetidos ao  lixamento até a porção central do implante. A adaptação dos conjuntos foi analisada com auxílio do microscópio eletrônico de varredura (MEV). Resultados: Não se observou contaminação em  nenhum dos conjuntos e em nenhum dos períodos de tempo. Em relação à desadaptação o grupo B foi estatisticamente significante em relação ao A. Conclusão: Pôde-se concluir que não houve contaminação bacteriana e que as conexões do tipo cone Morse, preveniram a contaminação bacteriana entre componentes de prótese e os implantes. O grupo B apresentou menor média de desadaptação e o grupo H apresentou maior média de desadaptação.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Parafuso passante


Falha do parafuso passante em minipilar cônico angulado cone morse - relato de caso

 Resumo do artigo publicado no Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, maio/ago. 2010.Pelos  autores: Renato de Freitas;  Máx Costa Dória;  Luiz Alves Oliveira-Neto e  Fabio Cesar Lorenzoni. Este trabalho tem como objetivo descrever um caso clínico que apresentou uma falha na região de solda das roscas do parafuso passante em um intermediário do tipo minipilar cônico angulado de 30º em um implante cone morse.

INTRODUÇÃO
Os implantes osseointegrados são uma modalidade  de tratamento viável, eficaz, com altas taxas de sucesso e longevidade. No entanto, apesar da confiabilidade da osseointegração, a longevidade das próteses sobre implante ainda é comprometida tanto por falhas biológicas  quanto mecânicas.
As falhas na interface implante-intermediário estão relacionadas à desadaptação do Intermediário ao implante, as quais podem estar associadas ao afrouxamento e/ou fratura de parafusos do intermediário, sendo a fratura do próprio intermediário um episódio raro.
O parafuso de retenção do intermediário está sujeito a cargas de flexão lateral e alongamento, o que pode resultar na perda de retenção e consequente desadaptação da interface implante-intermediário. A incidência de fratura do parafuso é pequena tanto em coroas unitárias (0,35%) quanto em próteses parciais fixas (1,5%). As causas principais podem ser: defeitos na forma ou material do parafuso, adaptação não passiva da infraestrutura protética e, sobrecarga biomecânica e/ou fisiológica. Na maioria dos casos, o desaperto do parafuso do pilar ou da prótese ocorre antes da fratura com incidência em 5 anos de 12,7%.
Em casos de fratura do parafuso de retenção no interior do implante foram relatados na literatura alguns métodos de remoção, desde o uso da sonda exploradora, sonda reta ou instrumental endodôntico até  kits de recuperação. Porém, a remoção do parafuso deve ser conservadora, visando à possibilidade de substituí-lo por um novo parafuso. Danos ao implante podem inviabilizar a restauração protética, sendo necessária sua remoção.
As conexões internas cônicas proporcionam um contato íntimo entre implante-intermediário, aumentando a estabilidade mecânica do intermediário. Uma grande vantagem da conexão cônica é que a fixação e a estabilidade não estão em função do parafuso de retenção, mas resultam do atrito gerado entre o intermediário e o implante. A boa estabilidade obtida por este sistema parece oferecer uma alta resistência à flexão de forças na interface implante-pilar.
Na conexão interna do tipo cone morse (Neodent Implante Osseointegrável, Curitiba, PR, Brasil), o assentamento pode ser realizado através de intermediários sólidos em corpo único com roscas na porção apical ou através de duas peças, no qual o intermediário é transfixado por um parafuso passante, permitindo a instalação de componentes pré-fabricados com angulações de 17º e 30º com torque de 10 Ncm3. Durante o processo de fabricação do intermediário com duas peças, a porção rosqueável do parafuso passante é soldada ao eixo do parafuso após a sua introdução no pilar, o que produz uma região de maior fragilidade (Figura1).
                                                      Vista clínica inicial.


                                                 Radiografia periapical inicial.



                                                   Seleção do intermediário.



 Minipilar cônico angulado em posição.


 Em (1) observa-se o intermediário após a falha e, em
                                              (2) nota-se um intermediário íntegro.


 Palito de madeira adaptado para remoção das roscas
                                                               dentro do implante.


 Roscas do parafuso passante removida do implante.
                             Em a) posicionado no eixo do parafuso, b) e c) separadas do
                                                                      eixo.




Caso fi  nalizado. a) Vista clínica fi  nal. b) Orifício pela
                          palatina, garantido através do uso do minipilar angulado.

DISCUSSÃO


Independente do tipo de conexão, o torque no parafuso gera uma pré-carga, responsável pela retenção do intermediário ao implante. No hexágono externo, a estabilidade do conjunto  intermediário-implante é dependente principalmente do aperto do parafuso. Nas conexões internas, o formato e o atrito das superfícies resultam na proteção contra forças de flexão no sistema, implicado em menores taxas de afrouxamento do parafuso. Entretanto, as principais causas de afrouxamento ou fratura do parafuso foram identificadas como: torque inadequado, forças oclusais desfavoráveis e características do material do parafuso com relação à resistência e fadiga.

Na conexão do tipo cone morse, os intermediários de duas peças principalmente do tipo minipilar cônico angulado em 17º e 30º são retidos no implante por meio de um parafuso passante que apresenta as roscas soldas ao seu eixo. O procedimento de solda das roscas ao eixo do parafuso gera um ponto de fragilidade, não apresentando as mesmas características de força e resistência à fadiga de um parafuso torneado em peça única. Inclusive, o torque recomendado pelo fabricante neste parafuso é menor do que outros, cerca de 10 Ncm3. Desta forma, diversos fatores podem interagir propiciando falhas. Devido à angulação destes componentes ocorre um direcionamento não axial das forças provenientes da mastigação, o que acaba sobrecarregando regiões específicas deste sistema, principalmente o parafuso.

Algumas empresas apresentam kits de reparo do implante para remoção utilizando instrumentos rotatórios, que podem danificar as roscas internas do implante tornando-o inútil, além de apresentarem um custo extra. No entanto, por vezes, o fragmento do parafuso pode ser removido de forma conservadora e substituído por um novo parafuso. Nos casos em que o fragmento não se encontra retido, pode ser utilizado um explorador, sonda reta ou instrumental endodôntico para tentar desenroscá-lo.

A ponta do instrumento é movida com cuidado em orientação no sentido anti-horário, sobre a superfície do segmento de rosca até ocorra o afrouxamento. Neste relato de caso, foi utilizada uma técnica diferenciada, prática e de baixo custo, que facilitou a remoção das roscas fraturadas. Com o auxílio de um pequeno palito de madeira introduzido no interior destas roscas, o contato com a umidade causa a expansão da madeira, propiciando desta forma o aprisionamento das roscas fraturadas ao palito, sendo possível desenroscá-la.

O ideal seria a utilização de outro modelo de intermediário sem a necessidade de um parafuso passante com roscas soldadas, mas devido à ausência de intermediários com angulação necessária para corrigir a inclinação dos implantes cone morse, optou-se novamente pela utilização do mesmo modelo de intermediário com parafuso passante.

Recomenda-se muito cuidado na utilização de componentes protéticos angulados com parafuso passante devido ao tipo de solda utilizada nesta marca comercial e na colocação destes implantes cone morse somente quando for possível uma posição e inclinação correta em relação aos dentes adjacentes.

CONCLUSÃO

Falhas no parafuso do intermediário acontecem em taxas reduzidas, mas podem comprometer a restauração protética e o implante osseointegrado. O uso de intermediários que apresentem parafuso passante com roscas soldadas ao eixo do parafuso deve ser feita com bastante cautela. A utilização do palito de madeira para remoção deste tipo de rosca fraturada mostrou-se um técnica baste eficaz, prática e de custo reduzido. Devemos lembrar que o ideal é a colocação dos implantes na angulação correta e 2 mm intraósseo, evitando assim, a utilização destes componentes angulados com os parafusos descritos.